Preço do minério de ferro dispara e atinge valor mais alto desde 20 de setembro de 2011

Fotografia de uma pilha de minério de ferro

Preço do minério teve alta de 7,3% no porto de Qingdao, chegando a US$ 176,45 por tonelada

O preço do minério de ferro disparou nesta segunda-feira, na esteira da suspensão do alvará de funcionamento da Vale e empresas terceirizadas em Brumadinho (MG) na sexta-feira. A determinação de suspensão das operações renovou os receios de oferta limitada da commodity, em um momento de forte demanda na China.

A medida de sexta-feira, tomada via decreto municipal, veio em resposta à morte de um funcionário terceirizado da Vale em Brumadinho após o desmoronamento de um talude. Foi ali que, em janeiro de 2019, o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão provocou a morte de mais de 270 pessoas.

Hoje, o preço do minério com teor de 62% de ferro avançou 7,3% no porto de Qingdao, chegando a US$ 176,45 por tonelada, o mais elevado desde 20 de setembro de 2011, de acordo com a publicação especializada “Fastmarkets MB”.

Com esse desempenho, a valorização acumulada em dezembro alcança 34%. Em 2020, a commodity tem ganho superior a 91%.

Na bolsa de commodities de Dalian, o contrato mais negociado de minério, com entrega em maio, subiu 9,7%, a 1.144,50 yuans por tonelada. A forte demanda na China e a previsão de oferta reduzida no início do ano que vem explicam o forte desempenho do minério no segundo semestre.

Ontem, segundo informação de agências internacionais, o governo australiano elevou em 4,5% a previsão para a demanda chinesa de minério em 2020, para 1,21 bilhão de toneladas, ao mesmo tempo em que reduziu em cerca de 25% a expectativa de exportações a partir do Brasil, para apenas 269 milhões de toneladas diante dos problemas enfrentados pela Vale.

Fonte: Valor

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